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10 Dicas Para Organizar a Rotina com TDAH

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 Viver com TDAH pode ser como tentar montar um quebra-cabeça em meio a um vendaval. Há dias em que tudo parece caótico — prazos esquecidos, ideias demais ao mesmo tempo, tarefas pela metade. Mas isso não significa que organização seja impossível. Com algumas estratégias práticas e respeitando seu próprio ritmo, é possível encontrar caminhos que funcionam. Aqui vão 10 dicas reais para quem vive com TDAH e quer organizar melhor a rotina: 1. Transforme tarefas grandes em etapas pequenas Tarefas muito amplas geram ansiedade e paralisia. Em vez de "escrever relatório", pense em: abrir o arquivo, fazer o título, listar os tópicos, escrever o primeiro parágrafo. 2. Use alarmes e timers como aliados Colocar lembretes no celular ou usar o timer do fogão pode parecer simples, mas faz diferença. 3. Crie rotinas visuais Quadros brancos, planners ou post-its coloridos ajudam a visualizar o que precisa ser feito. 4. Organize o ambiente (sem esperar perfeição) Espaços desorgan...

Atividade Física, sono e o Cérebro: O Que Diz a Neuropsicologia?

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 Muito se fala sobre os benefícios da atividade física para o corpo, mas a neuropsicologia nos mostra que os impactos vão muito além do físico. O cérebro — órgão altamente sensível às experiências do cotidiano — responde de forma intensa e positiva à prática regular de exercícios. E isso vale tanto para o bem-estar emocional quanto para funções cognitivas como memória, atenção e tomada de decisão. O cérebro em movimento Do ponto de vista neuropsicológico, o exercício físico é um estímulo poderoso. Durante a prática, o cérebro aumenta a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e endorfina — responsáveis por sensações de prazer, motivação e regulação do humor. Além disso, o fluxo sanguíneo cerebral se intensifica, favorecendo a oxigenação e o desempenho das funções mentais. Mas não para por aí: estudos mostram que atividades físicas regulares estimulam a neurogênese (formação de novos neurônios) e fortalecem conexões sinápticas, especialmente em regiões ligadas ao...

Três Olhares Sobre a Mente: Fenomenologia, TCC e Psicanálise

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 A psicologia é uma ciência complexa, rica em teorias e práticas diversas. Entre as abordagens mais conhecidas estão a Fenomenologia, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Psicanálise. Cada uma delas enxerga o ser humano por lentes diferentes, propõe caminhos únicos para a escuta e a intervenção, e carrega consigo um raciocínio próprio sobre o sofrimento psíquico. Abordagem Fenomenológica: a experiência como ela é A psicologia fenomenológica, inspirada por filósofos como Husserl e Heidegger, busca compreender o indivíduo a partir de sua experiência vivida, sem julgamentos prévios. O terapeuta não tenta “encaixar” o paciente em categorias, mas o escuta com abertura radical, permitindo que o sentido surja do próprio relato. Exemplo prático: Ana chegou ao consultório dizendo sentir “um vazio que não tem nome”. Ao invés de interpretar ou rotular o que sente, o terapeuta fenomenológico a convida a descrever esse vazio, como ele aparece no corpo, no dia a dia, nos pensamentos. Ao...

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: um marco pela inclusão e cidadania

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 No Brasil, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência , celebrado em 21 de setembro , representa um importante momento de reflexão sobre direitos, inclusão e acessibilidade. A data, instituída pela Lei nº 11.133/2005 , tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os desafios enfrentados por pessoas com deficiência e destacar os avanços conquistados ao longo dos anos. Segundo o último Censo do IBGE (2010) , cerca de 24% da população brasileira declarou ter algum tipo de deficiência, o que corresponde a mais de 45 milhões de pessoas . Esses números revelam a dimensão da pauta e a necessidade urgente de políticas públicas efetivas. Além disso, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011) apontam que aproximadamente 15% da população mundial vive com alguma forma de deficiência, sendo considerada a maior minoria do planeta. Apesar de conquistas como a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015) , que garante direitos funda...

Psicologia do Esporte: Muito Além da Performance

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 Quando pensamos em esportes, é comum imaginar treinos intensos, dietas rigorosas e foco em resultados. Mas o que muitas vezes passa despercebido é o papel essencial da mente nesse processo. A psicologia do esporte tem ganhado espaço justamente por mostrar que o desempenho de um atleta está diretamente ligado ao seu equilíbrio emocional, autoconhecimento e capacidade de lidar com pressão. O que faz um psicólogo do esporte? O psicólogo do esporte atua no desenvolvimento mental dos atletas, ajudando a fortalecer aspectos como concentração, autoconfiança, controle emocional, motivação e tomada de decisão. Esse trabalho não se limita ao alto rendimento — ele é igualmente relevante para atletas amadores, equipes escolares ou praticantes que buscam bem-estar através da atividade física. Exemplos práticos 1. A atleta que travava nas competições: Maria, corredora de meia maratona, sempre apresentava bons resultados nos treinos, mas nas provas oficiais, travava. Após sessões com psicol...

O que é o Autismo? Uma Visão Clara e Atualizada sobre o TEA

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 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que influencia a maneira como a pessoa percebe o mundo, se comunica e se relaciona socialmente. A palavra "espectro" reflete justamente a diversidade das manifestações: enquanto alguns indivíduos apresentam sinais sutis, outros vivem com desafios mais intensos no dia a dia. Segundo os critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo é caracterizado por dois grandes grupos de manifestações: 1. Desafios na comunicação e na interação social Dificuldade em iniciar ou manter conversas, mesmo em situações simples do cotidiano. Pouca expressividade por meio de gestos, expressões faciais ou contato visual. Dificuldade em interpretar normas sociais implícitas, como compreender sarcasmos ou respeitar turnos de fala. 2. Comportamentos repetitivos e interesses específicos Repetição de movimentos, sons ou frases (como a ecolalia). Forte apego a rotinas ...

Setembro Amarelo: Escutar a dor que existe

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Falar sobre o suicídio é falar sobre o sofrimento humano em sua forma mais íntima e silenciosa. Não se trata de estatísticas ou de protocolos, mas da dor concreta de existir. O suicídio não é, essencialmente, um desejo de morte, mas muitas vezes uma tentativa de escapar daquilo que, naquele momento, parece insuportável. É a última tentativa de se livrar de uma angústia que o mundo ao redor muitas vezes não consegue ou não sabe nomear. Na abordagem fenomenológico-existencial, não perguntamos “o que você tem?”, mas “como é estar sendo você, neste momento?”. Porque a dor psíquica, antes de ser classificada, precisa ser acolhida. Cada ser humano é único em sua história, em sua maneira de estar-no-mundo. E é justamente por isso que qualquer gesto de sofrimento deve ser olhado com respeito, e não com pressa. O que para alguns é pequeno, para outros pode ser o abismo. Setembro Amarelo nos convida a refletir não apenas sobre o suicídio, mas sobre o vazio de sentido que muitas pessoas enfrent...